" Tendo os árabes aprendido com os chineses a técnica de fabricação do papel ( a primeira fábrica de papel foi criada em BAGDÁ no ano de 800 ), que o Ocidente só conhecerá, através deles, quatro séculos mais tarde, as bibliotecas multiplicaram -se em todo o mundo árabe : o califa Al-Ma'mun funda em 815 em Bagdá a "CASA DA SABEDORIA " ,com um Milhão de obras. Em 891, um viajante conta na cidade de mais de Cem bibliotecas públicas. No século X , uma cidadezinha como Najaf, no Iraque, possui 40.000 volumes. O diretor do observatório de Maragha, Nasir al-Din al-Túsi, reuniu uma coleção de 400.000 títulos. No outro pólo do mundo islâmico, na Espanha muçulmana, o califa Al-Hakam de Córdoba pode orgulhar-se, no século X, de uma biblioteca de 400.000 livros, quanto quatro séculos mais tarde o rei da França, Carlos o Sábio ( isto é, o douto ). reunirá apenas 900. Más ninguém pode rivalizar com o califa do Cairo, Al-Aziz, cuja biblioteca possui 1.600.000 volumes, dos quais 6.000de matemática e 18.000 de filosofia. Essa paixão pelos livros e esse primeiro trabalho de assimilação das culturas anteriores do Irã, da China, da Índia, da Grécia, não implicam nenhum ecletismo. Os muçulmanos, abertos a esse rico patrimônio, vivificam-no e renovam a partir de sua própria visão, discernindo o que pode integrar-se a essa visão após haver sido fecundado e transmutado por ela. Foi por sua fé que os muçulmanos trouxeram sua mais rica contribuição à cultura universal " Fonte : Livro- Promessas do Islã de Roger Garaudy,Editora Nova Fronteira. Página 83, Ano 1988.
Universidade Mustansiriya, estrutura abássida do Séc.XIII.
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