sábado, 28 de abril de 2012

ERUDIÇÃO E CONHECIMENTO PRÁTICO.


Irmãos, hoje eu li um texto que mexeu comigo até agora e gostaria de compartilhar com vocês alguns aspectos. O texto é do Sheik e Martir ABDULLAH AZZAM ( Intelectual ligado A Irmandade Muçulmana e fundador do HAMAS e assassinado no Afeganistão em 1989 ) O nome do texto é " O QUE A JIHAD ME ENSINOU". Vou citar duas passagens que demonstram a importância dos dois lados.

Primeira: "...só se pode compreender essa religião ( o Islam ) por meio da Jihad, e o Islam só pode ser realizado por meio da Jihad. Aqueles que passam suas vidas entre paginas de livros e papéis de jurisprudência não podem compreender a natureza dessa religião exceto quando lutam para obter a vitória para esta religião. Assim, esta religião não revela seus segredos aos jurisprudentes.

Segundo : ...aprendi com a Jihad que a EDUCAÇÃO é essencial antes de pegar em armas ; pois aqueles que pegam em armas sem educação são como gangues armadas que impedem as pessoas de dormir em paz, ameaçam sua segurança e assustam-nas dia e noite. Você percebe isso quando compara dois líderes no Afeganistão: um foi criado no movimento islâmico e o outro não. Assim, nota-se que as pessoas na região sob o comando do primeiro líder estão extremamente á vontade, enquanto as reclamações daqueles que vivem na região sob controle do segundo líder são intermináveis.

E por último deixo aqui o pensamento dele sobre o crente que se encontra na Jihad.

"......a glória: a Jihad me ensinou que o crente que esta envolvido na Jihad é a criatura mais honrada da terra, porque ele arrisca sua alma, que é a coisa mais preciosa que possui, e a cada dia a oferece a seu CRIADOR para levá-la. Assim, como é possível que tal pessoa aceite o dominío de outro ser humano ?

Que ALLAH guie e oriente todos nós. Amin.

terça-feira, 24 de abril de 2012

IRMANDADE MUÇULMANA/EGITO.


Irmandade Muçulmana


A Irmandade foi fundada em 1928 e passou a maior parte de sua história na clandestinidade. Ela nasceu no contexto do colapso do colonialismo – do Império Otomano e das potências européias – no Oriente Médio, e da ascensão do nacionalismo árabe e dos anseios de modernização social e econômica na região. Sua receita era outra: o abandono dos projetos de reforma ocidentais e o retorno às raízes muçulmanas para assegurar uma sociedade ética e justa. Ela não foi fundada por pessoas ignorantes e isoladas do mundo, seu principal teórico, Sayyid Qutb (foto), havia se formado numa universidade dos Estados Unidos, e voltado horrorizado com o que viu por lá, inclusive a discriminação racial que sofreu.

Bandeiras religiosas estavam fora de moda no Egito da primeira metade do século XX, que seguia um modelo de modernização semelhante ao adotado pela Turquia: militares depondo a monarquia e iniciando um programa de reformas sociais autoritárias. Excluída do Estado e com seus militantes perseguidos e torturados, a Irmandade refugiou-se na Arábia Saudita, onde a Casa de Saud, em sua luta contra a dinastia hashemita, abraçou o wahabismo, uma versão hiper-puritana do Islã, como meio de conquistar legitimidade política para ser a guardiã dos locais sagrados em Meca e Medina.

No Egito, a Irmandade trabalhou sobretudo na área social, procurando “islamizar a sociedade”, já que não conseguia dominar o Estado. Fundou hospitais, clínicas, creches e posicionou como uma alternativa ética a uma oligarquia militar cada vez mais corrompida e desacreditada, pelas derrotas militares diante de Israel e pelo fracasso de seus grandes projetos de desenvolvimento em gerar empregos aos jovens da nova geração, que não viveram o auge da luta pela independência e autonomia egípcias, e conheceram apenas o declínio do regime dos militares.

Os choques do petróleo na década de 1970 deram à Arábia Saudita musculatura financeira para patrocinar a jihad em escala global, e a Irmandade Muçulmana foi fundamental nesse processo, ajudando a recrutar as brigadas internacionais que combateram a URSS no Afeganistão, e auxiliando na criação do Hamas para lutar contra a ocupação isralense dos territórios palestinos

A Irmandade é forte demais para ser excluída de um futuro governo no Egito, mas certamente irá procurar assegurar ministérios-chave para seu projeto político, como Educação, Saude, Comunicações, Cultura, Sistema Financeiro e tentará ganhar espaço com as inevitáveis frustrações que se seguiram apos anos de derrotas do mundo muçulmano principalmente no conflito árabe-isralensee a causa palestina, tendo em vista a submissão dos governos anteriores no processo de submissão ao estado sionista.

domingo, 22 de abril de 2012

ORIGEM DA IRMANDADE MUÇULMANA NO EGITO E O PAPEL DE SHAYKH HASSAN BANNA


ORIGEM DA IRMANDADE MUÇULMANA NO EGITO E O...
Daniel Yussuf Abu Tariq20 de Abril de 2012 11:40
ORIGEM DA IRMANDADE MUÇULMANA NO EGITO E O PAPEL DE SHAYKH HASSAN BANNA -1928

ISLÃ E RESISTÊNCIA POLÍTICA NO EGITO: DISCURSO E AÇÃO
DA SOCIEDADE DOS IRMÃOS MUÇULMANOS (1928-49)
Isabelle Christine Somma de Castro
Doutoranda em História Social
Universidade de São Paulo
A Sociedade dos Irmãos Muçulmanos (SIM) apresentou-se no Egito das décadas de
1930 e 1940 como uma alternativa islâmica aos nacionalistas seculares, liderados pelo Partido Wafd. Durante a Segunda Guerra Mundial, o Wafd assumiu o poder com a ajuda britânica e envolveu-se em escândalos de corrupção. Mesmo não sendo um partido político, a SIM chegou a contar com cerca de 1 milhão de simpatizantes no final do conflito. Se, por um lado, o desencanto com o secularismo levou muitos a aderirem a alternativa religiosa, por outro, o discurso e as ações do grupo representaram e supriram as demandas reprimidas de grande parte da população.
A identificação de quais são esses elementos pode nos levar às matrizes do apelo que movimentos político-religiosos como a SIM exercem ainda hoje no mundo islâmico.
Introdução
A influência da religião no cenário político não é exclusividade de um único credo.
Muitos movimentos políticos se originam a partir de crenças religiosas. A Sociedade dos Irmãos
Muçulmanos –Gama’at Ikhwan al-Muslimum– vem se apresentando no Egito, há mais de 80 anos, como um movimento de massa que exerce grande pressão para a transformação da sociedade do país através do comprometimento com os ensinamentos contidos no Alcorão e na
Sharia’ –lei islâmica.
O programa político do grupo, que designaremos através da sigla SIM, apresenta três conceitos principais. O primeiro é que há uma comunidade muçulmana supranacional. O segundo deles é que o Islã não abrange apenas assuntos religiosos, mas todas as questões humanas. E, por último, que a religião prega a irmandade entre todas as classes e nações.
Demanda, portanto, a união dos muçulmanos. Mas, para tanto, a umma’ –comunidade muçulmana– tem de mudar. E, antes disso, cada muçulmano também tem de se transformar.
O grupo surgiu durante um período de desencanto popular com a alternativa secular representada pelo movimento nacionalista e com a própria ulama’ –o establishment.
A influência da SIM se fortificou principalmente durante o período posterior à Segunda Guerra Mundial, quando o fim do esforço aliado deixou para trás milhares de desempregados no Egito.
A permanência das tropas de ocupação britânicas e o insucesso do governo local em atender as expectativas da população também ajudaram a amealhar adeptos para a causa do movimento de cunho essencialmente islâmico.
Este trabalho pretende apresentar, em primeiro lugar, o período histórico em que o grupo surgiu. Mais adiante, o objetivo será entender alguns dos principais elementos do discurso de seu principal líder, Hasan al-Banna (1906-1949- assassinado a mando do rei Faruk com apoio britanico ), e da ação da Sociedade dos Irmãos Muçulmanos durante o período que esteve sob sua orientação. Com isso, a pretensão é esclarecer em que medida as ideias do grupo e a inserção delas no contexto prático vieram a atender as demandas reprimidas de parcela da população egípcia.
Contexto histórico
O final da década de 1910 e início da seguinte foram marcados pela explosão do sentimento nacionalista no Egito. Até o final da Primeira Guerra Mundial, o país viveu uma situação singular. Era uma província do Império Otomano, mas também estava sob ocupação de tropas britânicas desde 1882. Com a derrota otomana na guerra, Londres expandiu seu controle, estabelecendo o Egito como protetorado.Em 1919, a revolta popular tomou as ruas do Cairo, sob a liderança do movimento nacionalista Wafd. A pressão resultou na concessão da independência pelos britânicos, em 1922, e a abolição da lei marcial
O ato unilateral foi uma forma dearrefecer o desejo pela autoderminação compartilhada pela grande maioria dos egípcios.
Apesar de independente, o país continuava ocupado. A declaração unilateral fixava quatro pontos que ficariam sob arbítrio britânico: a defesa territorial do Egito, as telecomunicações, os interesses da comunidade internacional no país e o modo como o Sudão seria governado – passou a ser controlado por um consórcio anglo-egípcio. Os Reserved Points, como eram chamados, implicaram claramente severas limitações à independência e se tornaram um elemento fundamental nas relações muitas vezes amargas entre britânicos e egípcios nas três décadas seguintes
A luta pela autodeterminção egípcia, portanto, não cessou. Apenas entrou em uma nova fase, chamada por autores como Albert Hourani de “era liberal”. Em 1924, o Wafd se transformou em um partido político, mantendo o cunho secular e a bandeira nacionalista. Nas duas décadas seguintes, ganhou todas as eleições parlamentares que participou. Mas o partido não conseguiu concluir um único governo sob sua liderança. A interferência britânica, via controle “informal” –ou indireto–, que levaria as lideranças à prisão e ao exílio, além dos interesses particulares do rei, foram decisivos para que nenhum gabinete liderado pelo Wafd conseguisse apoio político para governar.
Durante a Segunda Guerra houve uma reviravolta: o governo britânico, que até então via o Wafd com desconfiança, passou a considerá-lo sua melhor opção de governo durante o conflito.
Londres percebeu que a chancela do Wafd conferiria legitimidade, como ocorreu após o acordo de 1936, a qualquer futuro entendimento entre ambos os lados. O embaixador britânico, sir Miles Lampson, impôs ao jovem rei Faruk (1920-1965) um gabinete liderado pelo Wafd. A pressão incluiu o cerco com tanques de guerra ao palácio real de Abdin, no Cairo, em 4 de fevereiro de 1942. Sem alternativas, a não ser renunciar, Faruk aceitou a escolha e Nahas Pasha, líder do partido nacionalista, se manteve na liderança do executivo até o final do conflito.
O governo liderado pelo Wafd foi marcado por insatisfação popular crescente. A ascensão ao poder com a ajuda dos tanques dos britânicos e a revelação de esquemas de corrupção ligadosaos lideres foram fatores que levaram à perda do apoio popular, gerando desencanto com esta alternativa secular. A partir de então, universitários, camponeses e funcionários públicos, tradicional base social dos wafadistas, passaram a dar maior apoio às idéias da Sociedade dos Irmãos Muçulmanos (SIM)
Fundado em 1928 com base nos fundamentos do Islã, a SIM se inseriu na arena política como um movimento de massa, chegando a contar com entre 500 mil emais de um milhão de membros nos anos que se seguiram ao final da Segunda Guerra Mundial.
Aliado a este fato, desde os anos 1930 a opção secular vinha perdendo terreno na sociedade egípcia para o revivalismo muçulmano. Até então, a elite local, dividida entre profissionais liberais e grandes proprietários de terras, dominava os partidos políticos e a imprensa do país. Reformas realizadas em setores como o da educação e no sistema legal alijaram o papel do Islã, dando maior valor a uma identidade egípcia vinda da Antiguidade e associada às idéias ocidentais
Neste contexto, surgiu a primeira das reivindicações da SIM, a inclusão de princípios islâmicos no currículo escolar. O primeiro manifesto conhecido após a fundação do grupo foiescrito por seu fundador, xeique Hasan Al-Banna. Tinha como tema central defender aobrigatoriedade do ensino religioso em todas as escolas do país. A preocupação se dava essencialmente pela penetração de escolas de missionários cristãos europeus e norteamericanos
Mais tarde, o escopo de Al-Banna se estendeu: a soberania passou, progressivamente, a integrar os discursos do fundador e, consequentemente, do grupo por ele liderado como Guia Geral –al-murshid al-‘amm– até sua morte, em 1949.
O programa da SIM nas suas duas primeiras décadas era uma interpretação do Islã do próprio Hasan Al-Banna. Ele afirmava que a religião tem um significado mais abrangente, que compromete e regula todos os aspectos da vida humana, neste e no outro mundo. O líder atacava a organização social dos muçulmanos de seu tempo, suas práticas e hábitos, pois eles não estariam seguindo as leis islâmicas. Para que esse quadro fosse revertido, Al-Banna também pregava uma reforma interna, dos próprios muçulmanos.
Este era um programa de campanha para a reforma da sociedade e não para a tomada do poder. A SIM não se apresentava como um grupo revolucionário: a revolução se expressava somente em denúncias públicas da ordem social e através da ênfase na necessidade de preparação dos associados, que deveriam seguir regras de obediência, ser devotos e determinados, além de estarem prontos para o sacrifício, entre outras condições
Há duas possibilidades não necessariamente excludentes para tentar explicar por que a SIM se transformou um movimento de massa, que também atrairia seguidores em outros países árabes, como Síria, Jordânia, Iêmen, Sudão, Argélia. Uma delas é que o pensamento social de AlBanna teria se aproximado dos anseios da população naquele período e o grupo, por sua vez, teria se mostrado mais apto a colocá-los em prática. A outra é que a SIM teria herdado do movimento nacionalista, que viveu seu apogeu nos anos 20, uma fatia expressiva de simpatizantes. As demandas reprimidas desta guerra de domesticação e pacificação travada com os britânicosforam incluídas no discurso do movimento, colaborando para que o apoio popular que antes era atraído pelo Wafd fosse paulatinamente transferido para a SIM.
Para entender a sobrevida do grupo e o apelo crescente do discurso da SIM é preciso considerar outros fatores. A SIM passou por ciclos recorrentes de dura repressão. Nos anos 30 e 40, seus integrantes foram por diversas vezes presos e suas sucursais fechadas. Apesar disso, o grupo ampliou sua popularidade e mostrou grande longevidade. Estudos teóricos mais recentes sugerem a necessidade de dar mais ênfase a aspectos modernizadores e progressistas do grupo para entender essa trajetória. Uma linha de interpretação aponta que movimentos como a SIM, se vistos como uma reação, apontam para algo novo, sem intenção de reverter o progresso social, mas com o objetivo de adaptar a religião para que as pessoas possam lidar melhor com as novas realidades
Discurso e prática
Sobre o papel desempenhado pela SIM, entre sua fundação no final da década de 20 e até a morte de seu líder, em 1949, estabeleço duas hipóteses. A primeira delas é a de que a SIM representou um movimento de massas caracterizado por forte apelo islâmico, que encontrou no período de sua emergência condições históricas propícias para sua expansão. Além disso, o grupo se associou a causas populares, como a autodeterminação e valores tradicionais da sociedade egípcia, representados por uma elaboração particular do discurso religioso.
Como segunda hipótese, postulo que houve um desdobramento das idéias para o campo da ação concreta, na medida em que a SIM representou e supriu, em grande medida, as demandas reprimidas de grande parte da população, não apenas daqueles pertencentes aos extratos mais baixos da sociedade egípcia. O programa de criação de creches, escolas e clínicas médicas que ofereciam serviços gratuitos parece um indicativo do atendimento de parte delas.
Em relação à primeira hipótese, as condições históricas propícias se encontram essencialmente no desencanto com o partido laico Wafd e seus líderes acusados de corrupção e de subserviência aos ocupantes. A adesão de tantos membros também se deu, por outro lado, por meio da dimensão do discurso religioso. Observa-se uma relação entre os textos escritos por AlBanna no pós-Segunda Guerra Mundial com a questão da reformulação da sociedade egípcia. O líder do gruporepete várias vezes em seus tratados que o Alcorão traria os princípios básicos de “uma completa reforma social”. As bases para essa reforma estariam: (a) nas questões do divino; (b) na elevação do espírito humano; (c) na estipulação da doutrina da recompensa e da punição; (c) na proclamação da irmandade entre os homens; (d) no avanço conjunto de homens e mulheres, na proclamação de sua responsabilidade conjunta e igualdade e na definição precisa de suas respectivas tarefas. Esses valores tradicionais da sociedade egípcia tiveram grande apelo principalmente entre trabalhadores dos centros urbanos, membros da pequena burguesia e estudantes
A reforma social pregada por Al-Banna dependia do comprometimento dos filiados com três pré-requisitos do grupo: obediência, empenho e sacrifício
Eles deveriam seguir regras rigorosas em relação ao comportamento pessoal. Entre as listadas por Al-Banna estão quatro doscinco pilaresdo Islã –oração, jejum, doação de dinheiro e peregrinação–, além do comprometimento com trabalho, esforço, fazer o bem, evitar a prática do mal, obter educação e conhecimento, cultivo de valores morais, empenho na obtenção da saúde física e mental e obediência aos governantes.
O combate dos vícios, como o jogo, o álcool e a prostituição também era um elemento importante no discurso do grupo. Ataques com bombas incendiárias a cinemas e bares, locais responsáveis pela proliferação dos maus costumes, não foram incomuns, apesar de não terem o aval público do líder do grupo, Hasan al-Banna. Ainda no âmbito do discurso, a posição antibritânica se tornou bastante presente nos textos de Al-Banna, principalmente após a Segunda Guerra Mundial. A própria fundação do movimento teria se dado devido ao descontentamento de seis trabalhadores de um campo britânico em Isma’iliyya. O grupo o teria procurado com o objetivo de ter o xeique como mentor
O próprio Al-Banna escreveria mais tarde sobre seu choque ao observar a vida luxuosa que os ocupantes levavam, ao mesmo tempo em que a população da cidade, localizada na zona do Canal de Suez, vivia em extrema pobreza.
A segunda hipótese, que está na dimensão da ação, tem como seu mais famoso estandarte a organização de manifestações e atos de violência, principalmente contra a presença britânica no país, e na atuação do grupo em projetos sociais, como a instalação de clínicas médicas paraatendimento da população. As manifestações se intensificaram principalmente no período pósguerra, época de desencantamento agudo com o governo wafadista. A economia era provavelmente o principal motor da insatisfação. O encerramento do conflito ocasionou o fechamento de 250 mil postos de trabalho relacionados ao esforço de guerra das forças aliadas no país. O custo de vida, refletido em altos índices de inflação, aumentou mais de duas vezes até 1952. Estatisticamente, a economia egípcia ficou paralisada nas quatro décadas anteriores a 1950: o impulso registrado durante este período foi de apenas 1,5% ao ano, quase a mesma taxa de crescimento da população.
Toda a insatisfação popular se refletiu em diversas greves nos anos de 1946, 1947 e 1948 no Cairo e em Alexandria.
Mais importante do que a mobilização política no campo da ação, contudo, foi o esforço empreendido pela SIM na arrecadação e no investimento de recursos para a construção de mesquitas, cooperativas, escolas para crianças e adultos, clínicas médicas e centros de bem-estar social para seus membros e simpatizantes. Além de oferecer conforto aos desvalidos através do discurso religioso, a organização se dedicou à concretização de melhorias para aqueles que haviam sido abandonados tanto pelo governo como pela elite local.
Deixando a propaganda de lado, a Irmandade realizou muitos trabalhos que ninguém ou nenhuma associação estava apta a colocar em prática naquela época, e que, mais do que qualquer coisa que eles tenham conseguido, apoiou com credibilidade a visão holística do Islã de que abrangia todos os aspectos da vida humana, a qual Al-Banna se identificava tão profundamente
Um dos aspectos mais interessantes deste campo é o apoio da SIM à criação de sindicatos. Apesar de o grupo ser anticomunista –era obviamente contrário ao ateísmo e à abolição da propriedade privada–envolveu-se em ações para o estabelecimento de salários mínimos em fábricas e para a melhoria sócioeconômica dos operários. Al-Banna também chegou a defender uma espécie de reforma agrária, em que “o indivíduo deveria possuir tanta terra quanto pudesse cultivar, e o que sobrasse deveria ser doado aos sem-terra, sem cobrar-lhes nada”. Declarações como estas devem ter soado como música aos ouvidos das classes mais baixas dos centros urbanos, formadas principalmente por agricultores sem-terra que migravam em busca de emprego.
Tanto as ações como o discurso também demonstram a confluência entre o líder da SIM e a população de renda mais baixa. Mas, acima de tudo, os que o conheceram destacam seu carisma pessoal. Após a sua morte, em 1949, o número de novos associados diminuiu consideravelmente
Al-Banna teria sido uma pessoa simples, tanto em seu estilo de vida como no modo de se comportar, apesar de ser um dos homens mais poderosos do Egito na metade da década de 40. Isso teria um peso especial num país de extrema desigualdade social e que apresentava um cenário político dominado por um rei famoso por suas tendências perdulárias, uma elite local bastante ocidentalizada e distante dos problemas da população e uma elite estrangeira dotada de vantagens sobre os egípcios, tendo uma vida significativamente segregada do resto da população do país.
A SIM nunca se metamorfoseou em um partido político e sempre se mostrou crítica em relação a eles. Al-Banna era pessoalmente contra a existência de partidos, por considerar que havia um só caminho, o da religião. Contou com simpatizantes no governo e até no Parlamento durante o período em que Al-Banna liderou o grupo.
Nunca tendo assumido o poder, Al-Banna não teve seu discurso político colocado à prova, principalmente pelas urnas. Foram as ações, acima de tudo, que demonstraram quais eram as principais crenças e intenções do grupo. Ao juntar centenas de pessoas em manifestações e amealhar milhares de militantes, demonstrou uma grande capacidade de mobilizar as massas.
Conclusão
O discurso de Al-Banna demonstra forte apelo islâmico, caracterizado por idéias de
mudança e transformação não só das pessoas, mas também de toda sociedade. Ele teve especial impacto durante o período de desencanto popular com o movimento nacionalista secular que chegou ao poder, mas não procurou afastar-se dos britânicos, nem melhorar a vida da população.
A alternativa religiosa, que não significava ruptura, mas englobava valores tradicionais, se colocou como uma opção lógica. A SIM tornou-se um movimento de massas, portanto, ao atender as demandas reprimidas da população que ocupava a base da pirâmide social do país, principalmente entre trabalhadores de centros urbanos, que viram as questões mais prementes do seu dia-a-dia sendo encampadas pelo grupo.
Ao adentrar com ímpeto no campo da ação concreta, tanto na luta política como no campo do bem-estar social, o grupo mostrou sua motivação e, principalmente, sua força para colocar em prática ações extremamente populares. Dessa forma, a SIM realmente representou e supriudemandas da população mais carente, principalmente dos centros urbanos, apresentando soluções imediatas para grandes problemas como o acesso ao serviço de saúde.
Ambos os campos, o do discurso e da ação, aparentemente deram uma resposta satisfatória a problemas dos egípcios como o desafio do imperialismo britânico, o caos político, o domínio estrangeiro da economia do país e a total incapacidade das instituições islâmicas tradicionais de lidarem com os problemas do dia-a-dia dos egípcios. Mas, principalmente, a SIM ofereceu às massas esperança e um ideal que pudessem compreender, formulado em termos
familiares, na forma do Islã.

MANTOS SAGRADOS !!!!

sábado, 21 de abril de 2012

OS SONHOS QUE NÃO VIVI .

Sonhar não paga nada diz o ditado popular. Será?
Quando se chega aos cinquenta anos é preciso fazer algumas reflexões, penso eu aqui com os meus botões!
Antes de mais nada, qual o valor de um sonho? Não se trata aqui de valor no conceito meramente materialista e capitalista. Penso que um sonho pode valer tanto quanto a própria vida, porém , sem o esforço para torná-lo realidade ele não vale nem mesmo o momento sonhado.  Puro tempo de descanso desperdiçado.
E sonhar acordado? Pode ser loucura diriam alguns, vagabundagem diriam outros, ou perda de tempo diriam simplesmente outros tantos destruidores dos sonhos alheios.
Um dia sonhei em ser professor. De filosofia ou história do ponto de vista marxista.
Sonhei ainda ser martirizado em nome de uma revolução popular e socialista. Demorou muito, cansei e deixei de ser comunista. O sonho perdeu o encanto e segui em frente como tanta gente.
Outros sonhos sonhei ainda. Quem sabe um psicólogo ou psiquiatra ? Sonhos rápidos na verdade, mergulhados em tantos copos que nem lembro mais.
Diga -se de passagem, que a bem da verdade jamais sonhei em ser poeta,  pois poesia é coisa prá lá de séria.
E eu que na verdade nunca me levei muito a sério fico a pensar. Será então que foi isso, não levar nenhum dos meus sonhos a sério?  Talvez seja por isso que eu não sonhe mais, pelo menos de forma consciente.
Quem disse que sonhar não paga nada, não sabe talvez o valor do tempo.
Como não sei o tempo que me resta, eu quero apenas se possível, a felicidade da Paz Interior.
 E quem sabe no final da caminhada eu possa sonhar em paz.
Um sonho que seja sempre bom, que acordado ou não, jamais terá fim !



A EVOLUÇÃO DO CRENTE PERANTE DEUS!!!!

sexta-feira, 20 de abril de 2012

segunda-feira, 16 de abril de 2012

FERNANDO PESSOA ( 1 )

ESTERILIZAÇÃO/CASTRAÇÃO DE ANIMAIS DOMÉSTICOS.

Pergunta: 
Mantemos um gato na casa como um animal de estimação da família. Nossa pergunta é em relação a nueturing / esterilização e declawing do animal de estimação. É permitido pelo Islã para ter as garras nas patas dianteiras do animal permanentemente removidos para o propósito de proteger a família e os móveis de arranhões? e é permitida pelo Islã para ter uma proceure cirúrgico feito no animal que fará com que o animal de estimação inable de produzir descendentes (mesmo que ele vai stil ser capaz de funcionar sexualmente simplesmente não reproduzir)? O veterinário disse-nos que, se não temos o nosso gato nuetered é muito provável que ele vai começar a marcar o seu território em nossa casa por urinar em mobiliário e vários lugares dentro de casa.
Resposta:
Louvado seja Allah primeiro lugar.:
Não há nada errado - em sha Allah - com de-agarrando um gato, mas que está sujeito à condição de que ele não deve machucar o animal.Há muitos meios médicos hoje em dia de fazer isso sem causar dor.Causando dor aos animais é haram.
Em segundo lugar:
Prevenir o seu gato de reprodução está impedindo um processo natural que Allah criou nele. Sem dúvida, as decisões sobre os animais não são tão graves como no caso dos humanos, mas isso não significa violar os direitos da criação de Allah.
Se esta operação causará dano, ou ele vai causar complicações para o gato, então não é permitido. A proibição contra o mal que causa é geral e inclui dano contra humanos e animais. Seguem-se alguns dos hadices que indicam o seguinte:
Foi narrado a partir de Ibn 'Umar (que Allah esteja satisfeito com ele) que o Profeta (paz e bênçãos de Allah estejam sobre ele) disse: "A mulher entrou inferno por causa de um gato que ela amarrada e não alimentar, nem ela deixe de comer os vermes da terra. "
Os vermes da terra significa ratos, etc
(Narrado por al-Bukhari, 3140; muçulmana, 2242 Existe também um relatório similar de Abu Hurayrah.).
Foi narrado a partir de Jaabir ibn 'Abd Allah-que um burro cujo rosto tinha sido marcado aprovada pelo Profeta (paz e bênçãos de Allah estejam sobre ele), e ele disse: "Que Allah amaldiçoe quem marca dele."
(Narrado por Muslim, 2217).
Os estudiosos divergiam sobre a castração dos não-humanos:
Os Hanafi disse que não há nada de errado com animais castração, porque isso beneficia tanto os animais e seres humanos.
Os maliquitas disse que é permitido castrar animais cuja carne pode ser comido, e não é makrooh, porque isso faz com que a carne melhor.
Os Shaafa'is fez uma distinção entre os animais cuja carne é comida e outros. Eles disseram que é permitido animais neutros quando eles são pequenos, se eles são animais cuja carne é consumida, mas é haram em outros casos. Eles também estipulou a condição de que essa castração não deve causar a morte do animal.
Como para o hanbalitas, é admissível na sua vista a ovelhas neutro porque isso faz com que a carne melhor, mas foi dito que é makrooh no caso de cavalos, etc
Imam Ahmad disse: Eu não gosto de um homem para nada neutro, mas sim que é makrooh por causa da proibição de causar dor aos animais.
Veja al-Majmoo '6/155; al-Adab al-Shar'iyyah, 3/144, 145; al-al-Fataawa Hindiyyah, 5/358)
Há também um comentário sobre castração de gatos: "Se a esterilização dos gatos irá trazer algum benefício ou evitar algum dano, então não há nada de errado com ele, como se diz em al-Kubra."
(Al-al-Fawaakih Dawaani, 2/346)
Por isso dizemos que, se há algum benefício em castrar o gato e se isso não irá causar a sua morte, então é permitido.
Uthaymeen Shaykh Ibn '(que Allah tenha misericórdia dele) disse:
Se há muitos gatos e eles são um incômodo, e se a operação não irá prejudicá-los, então não há nada de errado com ele, porque esta é melhor do que matá-los depois que eles foram criados. Mas se os gatos são gatos normais e não estão causando um incômodo, talvez seja melhor deixá-los sozinhos para se reproduzir.
Fataawa Islamiyyah, 4/448
E Allah sabe melhor. 
Islam Q & A
Sheikh Muhammed Salih Al-Munajjid ( www.islam-qa.com)

domingo, 15 de abril de 2012

EU AMO MUITO OS LIVROS.

O SÁBIO !


O SÁBIO

" Aquele que conhece os outros é sábio.
Aquele que conhece a si mesmo é iluminado.

Aquele que vence os outros é forte.
Aquele que vence a si mesmo é poderoso.

Aquele que conhece a alegria é rico.
Aquele que conserva o seu caminho tem vontade.

Seja humilde, e permanecerás íntegro.
Curva-te, e permanecerás ereto.

Esvazia-te, e permanecerás repleto.
Gasta-te, e permanecerás novo."

O sábio não se exibe, e por isso brilha.
O sábio não se faz notar, e por isso é notado.

O sábio não se elogia, e por isso tem mérito.
E, porque não está competindo,
ninguém no mundo pode competir com ele."

- Lao Tse —
 — com Maria Aparecida Munhoz Granato e Tribo Do Rock-Shows.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

IMAGEM HISTÓRICA !

UNIR OS MUÇULMANOS !


Jihad Abdul Azziz25 de Março de 2012 22:27

o eminente estudioso muçulmano Sheikh Yusuf Al-Qaradawi afirma:

“Nós devemos lutar para conseguir a união dos muçulmanos no começo e no fim do jejum e de todos os outros rituais. Nós não devemos perder a esperança em alcançar tal objetivo ou em remover os obstáculos no caminho de sua realização.

No entanto deve ser enfatizado que se nós falhamos em conseguir a união de toda a Nação Muçulmana, devemos ao menos nos esforçarmos em alcançar a união dos muçulmanos em cada nação.
Em face dos fatos ocorrendo, os muçulmanos devem se unir entre si. Eles devem seguir às suas autoridades reconhecidas, para atingirem essa união. É também dever das organizações muçulmanas chegar a um acordo nessa questão para não causarem desunião e divisão dentre os muçulmanos."
No islam nao ha "meu sheikh", sheikh dele, o islam e um, o povo e um, Allah e um, e o Livro e Um.
Infelizmente eles estao fazendo o seu plano, dividir os muçulmanos, o primeiro plano para enfraquece los!Hoje nao ha uma naçao muçulmana, mas um muçulmano por si!Assim eles infiltram nas nossas vidas, casas, famnilia, religiao etc!
No islam nao existe xiismo,sufismo,wahabismo, salafismo,sunismo etc pois devemos estar cientes de que o segredo do seu poderio está na sua união e o
mistério de sua fraqueza reside nos seus conflitos e na sua dispersão diz Allah ta ala: “E não brigueis que fracassareis e perdereis o vosso poderio. Tende paciência, pois, Allah está com aqueles que têm paciência”. Surata os Despojos 46.
Pois em resposta Allah nos convoca " E QUEM É MAIS ELOQUENTE DO QUE QUEM CONVIDA (OS DEMAIS) PARA ALLAH, PRATICA O BEM E DIZ : CERTAMENTE SOU UM DOS MUÇULMANOS" (41:33), Allah nos deixa claro que somos um povo e devemos demostrar isso por nossos atos. Pois nos dividimos em ideias?ao inves de ler o Livro e seguir o que Allah manda dizer?"certamente sou um dos muçulmanos...Ele nao acrescentou a palavra xiita,sufista,sunita etc;;;
Os Muçulmanos reúnem-se em nome do guiamento porque sabem que: “A ovelha que o lobo devora é aquela que está afastada” – dito do Profeta (SAAS).As pessoas estao preocupadas em dizer "eu sou sunita, sou xiita, sou salafita, sou..." porem isso e algo condenado pelo proprio Allah, e é o motivo da nossa fraqueza e da nossa ummah estar tao separada, ao inves de nos unirmos, os Muçulmanos reúnem-se em nome do guiamento porque sabem que: “A ovelha que o lobo devora é aquela que está afastada” – dito do Profeta (SAAS)!
E Allah sabe mais!

LOUVA DEUS DE BIKE !


Louva-a-deus anda de ‘bicicleta‘ na Indonésia

Esta incrível foto na qual um louva-a-deus parece estar andando de bicicleta foi tirada pelo fotógrafo Eco Suparman.
Eco, de 23 anos, que vive em Bornéu, na Indonésia, acabou fascinado pelo inseto, que repentinamente decidiu andar de bicicleta.
"Tirei esta foto em um cemitério muçulmano na cidade de Ambawang River, na ilha de Bornéu. Estava praticando com minha lente macro e há muitos insetos por lá. Então, este é um de meus lugares favoritos para tirar fotos".
Ele conta que estava tirando fotos do louva-a-deus quando notou a planta. "Imediatamente, pensei: a planta se parece com uma bicicleta. Mas não pude acreditar quando o louva-a-deus saltou para a planta".

Fonte: BBC

segunda-feira, 9 de abril de 2012

ANTIESPIRITUALISMO DA ROUPA MODERNA .

Historicamente, o traje masculino ocidental moderno remonta em parte  à Revolução Francesa e em parte ao puritanismo inglês. Para Frithiof Schuon, trata-se de um estilo simultaneamente puritano,revolucionário e industrialista . Na mesma linha de raciocínio, Burckhardt sustenta que esse tipo de roupa representa  " uma síntese quase perfeita de tendências antiespirituais e antiaristocráticas ". O traje ocidental moderno dificulta ainda as abluções que devem ser feitas antes das orações, como também os movimentos e as posturas da prece.
A expansão do traje moderno nos diversos mundos tradicionais, e no islâmico em particular , pode em parte explicar-se por razões psicológicas, já que o povo dominado tende a imitar os costumes do dominador. Como o ocidental é sinônimo de sucesso material, os outros povos sofrem então uma aculturação. Há ainda uma razão mais sutil, pela qual se detecta uma mudança de direção na psicologia dos envolvidos. O traje tradicional enfatiza a contemplatividade;  o moderno , a praticidade, a ação; é ainda individualista, ao passo que o traje islâmico apaga, por assim dizer, as diferenças sociais. Um homem do povo ou um nobre muitas vezes estão vestidos da mesma maneira, com um jelabá, por exemplo .
O traje tradicional islâmico também pode ser considerado  " arte sagrada " pelo fato de o Islam , ao abolir o sacerdócio como uma categoria específica , o ter " generalizado " , por assim dizer, entre todos os homens.
Ora, no mundo cristão, a veste sacerdotal é sagrada , cada item do vestuário de um bispo ou sacerdote tem significação simbólica precisa; como o Islam faz de todo muçulmano u m " sacerdote ", sua veste torna-se num certo sentido " sacerdotal " , portanto sacra.
O traje  islâmico masculino tem um quê de monástico também; este aspecto é revelado pela extrema simplicidade do traje, próprio para facilitar as posturas da prece diária , mas igualmente pela proibição  que o Profeta ( s.w.s.a.) explicitou em relação ao uso de objetos de ouro ou de seda por parte dos homens ( itens permitidos somente á mulher ).
Fonte: Livro :Iniciação ao Islam e ao Sufismo.De: Mateus Soares de Azevedo. Editora Nova Era, pág 94/95.

O verdadeiro significado do corredor !


Eu, Dr. Eu, e a Dra Baju estávamos em pleno atendimento quando percebemos a E. num cantinho nos observando de longe. Pensei:
Deve ser um caso de “timidus chorosus” ou “gritus alarmanticus”!
Continuamos atendendo, mas pra ter um melhor parecer da paciente que nos aguardava, resolvi ligar o meu detector infalível. Ela continuava lá, encostada na parede, apoiada numa perna, enquanto a outra fazia um semicírculo pr’um lado e pro outro.
Bem, não era gritus alarmanticus, tivemos certeza.
Quando finalmente fomos atendê-la, descartamos a possibilidade de ser o timidus chorosus. Ela olhou pra mim, olhou pra Dra. Baju, fez uma cara de quem esconde um riso no canto da boca e correu. Imediatamente, com a pressa que nos cabia, desatamos atrás na mesma carreira. Vimos quando entrou na Enfermaria e fomos atrás, chegamos no exato momento em que ela entrava no banheiro.
Paramos subitamente próximos do leito, pois algo nos dizia: aí tem coisa! O silêncio reinou por alguns segundos. Estatelados no meio da Enfermaria, não ousamos dar nem mais um passo. Ao perceber nossa presença no quarto, a E., do alto de seus três anos e tantos, saiu do banheiro com uma mão na cintura e a outra com o dedo em riste apontando para os dois Besteirologistas atônitos com o ocorrido. Disse:
SAIAM AGOLA DESSE MEU HOSPITAL, SEUS PALAÇOS! HOJE É DIA DA MINHA CILULGIA! NÃO QUELO SABER DE NADA!
Ainda bem que minha peruca, ops, meu cabelo, estava bem preso na cabeça. A Dra. Baju tentou argumentar enquanto caminhávamos decididos com passos para trás:
Ma… ma… mas…
QUIETOS!  SAIAM DAQUIIIIIIIIIIIIIII!
Recado dado, palhaços estatelados. A E. desatou a correr atrás da gente, ao que descongelamos e fugimos. Esbarramos um no outro, erramos a porta, nos confundimos e saímos correndo pelo corredor, e neste exato momento entendemos o verdadeiro significado da palavra “corredor” e agradecemos fazendo bom uso dele. Nem deu tempo de esperar o elevador, desembestamos escada abaixo com a leve impressão de que a E. se deliciava com a vitória…
Dr. Eu Zébio (Fábio Caio)
Dra. Baju (Juliana Almeida)
Hospital Oswaldo Cruz – Recife
Janeiro de 2012

Islam em Português: Fertilização in vitro no Islam

Islam em Português: Fertilização in vitro no Islam: Sem dúvida que crianças são uma das bençãos e adornos deste mundo, e um dos grandes objectivos do casamento é produzir descendência. Uma cr...

sábado, 7 de abril de 2012

Vaticano: o Islam é a religião mais prevalente no mundo.

Hanna Dutra4 de Abril de 2012 18:05

Vaticano: o Islam é a religião mais prevalente no mundo

Um Oficial do Vaticano reconheceu que o Islam é a religião mais prevalente no mundo, e supera os cristãos em mais de três milhões de devotos em todo o mundo,
desde há quase um ano, devido a um grande número de ocidentais abraçarem esta religião.
Segundo um comunicado do Vaticano, o número de muçulmanos no mundo ultrapassou um bilhão, três milhões e vinte e dois mil no mundo
(1.322.000.000), ultrapassando o número de cristãos em mais de três milhões de fiéis (Citando o boletim informativo da IAEA).
O comunicado acrescenta que o Vaticano reconhece que o Islam tornou-se a religião mais prevalente em todas as partes do globo,
onde 19 por cento da população é muçulmana, em comparação aos 17,5 por cento de cristãos.
O Vaticano tomou conhecimento da enorme procura por parte dos ocidentais cristãos, judeus e de outras religiões em abraçar a fé muçulmana nos últimos anos, apesar de campanhas de difamação lideradas por partes hostis ao Islam e enormes quantidades de dinheiro gastas em campanhas que pregam o cristianismo.
Apenas na França, convertem-se ao Islam 40 mil cidadãos franceses por ano. De acordo com os números do Ministério do Interior francês, observou-se a propagação do Islam com intensidade nas prisões, o que fez com que as autoridades francesas evitassem a mistura de muçulmanos e não-muçulmanos, a fim de evitar a propagação do Islam dentro das prisões institucionais.
A Europa se tornará um continente islâmico até o final deste século, considera o jornal israelense (Yediot Ahronot). Os indicadores demográficos dizem que o continente da Europa será islâmico até o final deste século.
O jornal disse que o livro "Crescente Vermelho e a flor de íris" publicado pela Universidade Levon francesa confirmou este fato. O sociólogo Phyllis Dasito disse que no final de 2030, a maioria da população da cidade de Bruxelas passará a ser muçulmana.
Foi também dito que os nomes mais famosos na capital belga são Muhammad, Hamza, Adam, Ayub, Mehdi e Amin, e acrescentou que as mesquitas não são mais suficientes para os muçulmanos realizarem suas orações. Desde 2008, igrejas vem se transformando em mesquitas para acomodar os números crescentes.
40% dos alunos de uma escola primária na cidade de Antuérpia - a segunda maior cidade belga - converteram ao islamismo e um tribunal dessa cidade começou a aplicar a lei islâmica já desde setembro. O jornal destacou que o relatório emitido pelo "Pew Center" nos Estados Unidos confirmou que o Islam é a mais rápida das religiões a se propagar no continente da Europa e um terço das crianças da Europa se tornará muçulmana em 2025.
O jornal acrescentou que o rabino David Rosen, um judeu moderado de instituição judaica na Bélgica, advertiu que a Europa sofre incursões pela religião islâmica para tornar-se um continente muçulmano.
Segundo o jornal israelense, o Islam é a religião mais abraçada na capital de Londres e o interesse dos muçulmanos em participar das orações de sexta-feira nas mesquitas, excede o número de cristãos que freqüentam igrejas para orações no domingo.
O jornal disse que o número de mesquitas na França dobrou para 2.000 nos últimos dez anos. Além disso, várias igrejas foram transformadas em mesquitas.
O Imam da Grande Mesquita de Paris, acrescentou que precisam aumentar o número de mesquitas para acomodar os muçulmanos na França.

Conselhos de Muhammad Ali (ex-campeão de boxe) .

Noor Momade5 de Abril de 2012 06:01

Subject: MENSAGEM de Muhammad Ali (ex-campeão de boxe)

Assunto: Fwd: Conselhos de Muhammad Ali (ex-campeão de boxe)

MENSAGEM vale a pena ler :

O seguinte incidente teve lugar quando as filhas de Muhammad Ali chegaram a casa, vestindo roupas um pouco ousadas, do tipo mini-saia...

. Aqui está a história contada por uma delas:

Quando finalmente chegamos, o motorista acompanhou minha irmã mais nova, Laila, e eu até a suíte do meu pai. Como de costume, ele se escondeu atrás da porta, esperando para nos para nos assustar, como era habito., passado isto, trocamos muitos abraços e beijos, no entanto estranhadamente meu
pai reparou em nos com mais atencao, surpreendido com as nossas vestimentas, pos-nos no seu colo e tristemente nos disse algo que eu nunca esqueceremos.....

Ele olhou diretamente nos nossos olhos e disse:
- "Hana minha filha... tudo o que Deus fez valiosa do mundo
esta coberto e difícil de obter;
onde e que você encontra os diamantes? No fundo no solo, coberto e protegido.
Onde você encontra pérolas? Nas profundezas bem no fundo do oceano, coberto e protegido em uma bela concha.
Onde você encontra de ouro? Bem fundo na mina, coberto
sobre camadas e camadas de rocha. Você tem que trabalhar duramente para voce poder obter .

Ele olhou para nos com olhos graves. E disse muito triste, o seguinte:
Minhas filhas:
...“O Corpo de uma mulher é sagrado”, deve ser conservado e preservado mais do que os mais preciosos diamantes, ou pérolas, , por isso deves manter o teu corpo coberto também. "

Fonte: Extraído do livro: Mais que um herói: a vida de Muhammad Ali

terça-feira, 3 de abril de 2012

Islam Brasil: CONSELHO DA OAB DECIDE CRIAR COORDENAÇÃO DE DIREIT...

Islam Brasil: CONSELHO DA OAB DECIDE CRIAR COORDENAÇÃO DE DIREIT...: O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, deferiu hoje (28) a criação de uma Coordenação de Direito Is...

68 IMPUREZAS DOS NAFS .


1-Ujub - ser orgulhoso do próprio estágio espiritual.
      2-Riya - exibir-se.
      3-Kibr - arrogância.
      4-Hasad - inveja.
      5-Bukhul - avareza.
      6-Kin - ser vingativo.
      7-Kufr - falta de fé.
      8-Bid'at - distorcer a religião e a tradição.
      9-Kufran-i ni'met - recusar ou depreciar presentes.
     10-Ser insatisfeito e queixar-se do próprio estado.
     11-Deixar de ter esperança na misericórdia de Allah.
     12-Estar certo da punicão de Allah.
     13-Perdoar a tirania e ajudar aos tiranos.
     14-Falar contra pessoas decentes.
     15-Manter o coração preso a este mundo.
     16-Alimentar o desejo de ser um lider.
      l7-Esperar aprovação e cumprimentos.
     18-Ter medo de críticas.
     19-Não ser capaz de prevenir-se dos desejos.
     20-Ao invés de aspirar a aprender a verdade, ser um imitador.
     21-Adular pessoas para obter benefícios pessoais.
     22-Alegrar-se com os desastres que atingem outras pessoas, mesmo seus inimigos.
     23-Ser um covarde.
     24-Ser nervoso.
     25-Ser um tirano.
     26-Não manter a palavra.
     27-Acreditar na má sorte.
     28-Pensar injustamente sobre as pessoas.
     29-Amar suas propriedades.
     30-Ser muito preocupado com o mundo e com o mundano.
     31-Ser ambicioso.
     32-Levar uma vida irresponsável.
     33-Envolver-se em assuntos que não lhe dizem respeito.
     34-Ser indecoroso.
     35-Não manter os horários de devoção devido a preguiça.
     36-Ser desavergonhado.
     37-Lamentar a perda de coisas.
     38-Fofocar.
     39-Ser teimoso.
     40-Ser egoísta.
     41-Ser hipócrita.
     42-Enganar.
     43-Ser grosseiro.
     44-Ser desonroso no relacionamento com as mulheres.
     45-Ser sensual.
     46-Não aceitar os próprios erros e continuar insistindo neles.
     47-Ter medo da pobreza.
     48-Não acreditar no destino ou falar sobre o destino.
     49-Tornar-se deprimido.
     50-Ter prazer em depreciar outras pessoas.
     51-Ser indiscriminadamente feliz.
     52-Ser insinceramente cuidadoso e atencioso com as pessoas ricas.
     53-Desdenhar os pobres.
     54-Gabar-se e ser orgulhoso do próprio passado. 
     55-Exibir suas proezas físicas.
     56-Depreciar outras pessoas.
     57-Apreciar conversar longa e desnecessariamente.
     58-Ser auto-centrado na conversação.
     59-Esquecer os próprios defeitos e estar preocupado com os defeitos dos outros.
     60-Eliminar do coração o temor a Allah e a vergonha e tristeza de sua própria condição.
     61-Aflito para desculpar-se recair e encorajar os nafs.
     62-Declinar ajuda em uma luta em nome de Allah.
     63-Fingir ser amigo de seus inimigos.
     64-Trapacear no trabalho.
     65-Armar armadilhas para outros.
     66-Identificar-se com o mundo ao ponto de esquecer Allah.
     67-Sentir prazer com o sofrimento alheio.
     68-Não sofrer com os próprios erros.


    Estas são como espinhos crescendo em um campo estéril e mostram os atributos feios do coração que vêem à superfície e tornam-se visíveis. Evitem-nos e tornem-se belos cultivando o oposto de cada um destes defeitos, pois a prece que agrada Allah e que leva mais próximo a Ele é apresentar um belo adab.

PRESENTE DO MEU IRMÃOZINHO ISMAEL JALEL GHAZZAOUI !

Musica Arabe Andalusí: El agua y los Árabes / Eduardo Paniagua

O DIA DOS BOBOS !


O dia primeiro de abril é famoso por ser considerado o dia da mentira. Mas você sabia que também é o dia dos bobos?
O Bobo da corte e o Palhaço do circo são dois arquétipos que chegam a se fundir ou se confundir, mas são diferentes: o palhaço é um ser desprovido de julgamento e discernimento, enquanto o Bobo se utiliza dessas condições para exercer melhor seu trabalho de se passar por bobo para ter a liberdade de tocar em assuntos espinhosos. E já que hoje é o dia dos bobos, vamos falar deles:
Os Bobos – ou Bufões – eram pessoas que nasciam com deformidades físicas e/ou mentais, que eram vestidas de maneira grotesca e expostas ao escárnio de todos. Em sua maioria, eram anões ou corcundas. Essa deformidade os colocava em posição de inferioridade, o que facilitava a aceitação de seu comportamento ousado. Afinal, o que vem de um ser tão “desprezível” não deve ser levado a sério…
Eles tinham uma função muito bem definida que (ao que se tem registro) começou lá no Egito antigo: eram encarregados de entreter o rei e rainha e fazê-los rirem. Ter um bobo da corte garantia diversão aos convidados da corte, que estavam presentes em casamentos, festas, batizados e festas para os deuses.
Os Bobos diziam ao rei o que o povo gostaria de dizer e eram as únicas pessoas que podiam criticar a monarquia. Os mais hábeis eram considerados verdadeiros sábios pois conseguiam manter o sutil equilíbrio da diversão sem se comprometer muito.
Passaram pelas cortes e chegaram ao circo, onde passaram por um processo de refinamento e dividiram o espaço com o palhaço de circo. Mas o palhaço de circo é uma longa história para outra data…
Feliz primeiro de abril!
Referências:
NOGUEIRA, Wellington – Doutores da Alegria o Lado Invisível da Vida
DE CASTRO, Alice Viveiros – O Elogio da Bobagem