segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Bullying e Rugby – Parte 1

fevereiro 6, 2012 às 15:54h 
Notícias 
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Nos últimos anos tomou força, principalmente nos ambientes escolares, a expressão bullying. Um novo nome para um velho mal, ou as gerações de avós, pais, tios e irmãos mais velhos não se recordam de situações como as que ocorrem hoje.
Bullying, pode ser definido como “uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais contra um ou mais colegas. O termo bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão. Mesmo sem uma denominação em português, é entendido como ameaça, tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato.”¹
Com essa definição, lhes pergunto, quantos de vocês sofreram bullying? Quantos de vocês cometeram bullying?
Provavelmente todos, mas o que separa uma brincadeira, de um abuso? A frequência? A motivação? A intensidade?
Temos que lembrar, que uma brincadeira entre amigos não terá o mesmo resultado, que essa brincadeira terá com estranhos.
Os abusos acontecem de formas diferentes, o que passa na cabeça do “gordinho” que não é escolhido pra jogar futebol? Ou basquete? E mesmo quando é escolhido, é lembrado de suas limitações.
Vou contar um fato que ocorreu comigo. Um dia numa aula, permiti aos alunos escolhessem as atividades do dia, não foi surpresa a escolha do “queimado” mesmo as opções. Justificada com: “Poxa professor, mas no queimado qualquer um pode jogar…”
Bem, nesse momento você pensa começaram a pensar no “todos jogam”. Porém faltava o maior terror da aula de Educação Física, principalmente para os com menor habilidade, a divisão de times.
Lá do fundo escuto uma voz, “não escolhe fulano, o alvo é maior”. Referindo-se ao mais “fortinho” da turma.
Pronto, estava lá a semente do bullying.
Como educador, parei a atividade, questionei a situação. E recordei todo o trabalho feito em torno da cooperação, da inclusão e do respeito. As alternativas surgiram e todos jogaram. A semente do bullying morreu? Não, mas não regamos, não a deixamos criar raízes.
No mesmo pacote temos os apelidos. Quem não conhece um “quatro olhos”, um “dumbo”, uma “girafa”… Os apelidos pejorativos que ultrapassam gerações. Qual o peso disso na vida?
Enorme, mas os apelidos não podem ser taxados como eventuais precursores dos abusos.
Devemos ter cuidado para não reproduzirmos situações como essa:
E o que o rugby tem a ver com bullying?
Tudo e nada… mas isso é papo pra depois… Por enquanto, fica a situação:
Vamos jogar rugby na escola, quem você escolhe primeiro?
Eu já sei quem eu escolho…

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