terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

O ÁLCOOL !

O Álcool

Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso.

O alcoolismo é uma doença onde o individuo bebe de forma excessiva com uso nocivo ou dependência, provocando alterações mentais evidentes; estas alterações afetam a saúde física, mental e relações interpessoais, suas relações sociais, familiares, afetivas, econômicas.
No inicio da doença o individuo bebe para aliviar um sofrimento ou dor, bebe para não se preocupar com algo ou para fugir de si mesmo ou situações difíceis.
Historia: o álcool era usado no Egito antigo, Babilônia e Grécia antiga. Na Grécia antiga o álcool tipo vinho tinha conotação sobrenatural com o deus pagão dionísio e na Roma antiga com o deus baco. Na idade media o álcool teve correlação com uso pelas bruxas e conotação sobrenatural em rituais de feitiçaria e indicação de esoterismo.
O conceito medico aparece com a Avicena que correlaciona com a proibição do Alcorão Sagrado e Profetas.
Apenas no século XVIII D.C. com a evolução industrial na Inglaterra que médicos ingleses observaram detalhes sobre o abuso do álcool em doentes. O conceito alcoolismo começa nos E.U.A. com o doutor Beijamim Rush e no reino unido com o doutor Thomas Trotter observando os abusadores de álcool.
Eles observaram necessidade compulsiva do álcool;
Doutor Trotter falava: “o habito de embriagues é uma doença da mente”;
Doutor Bruhl-Cromer: na Rússia faz o conceito de dipsomonia que é o desejo anormal involuntário por álcool.
Doutor Esquirol na frança fala de degeneração com monomania.
Doutor Huss criou o conceito de alcoolismo crônico: há no doente uma intoxicação crônica.
Doutor Bow Mah e doutor Fellihek: o alcoolatra ou alcoolista é aquele com necessidade de álcool e imobilidade de abster-se.

Etílogo: álcool é uma palavra árabe que significa “o espirito” ou “a essência”. O álcool implica em principio ativo ou essência ativa.
A causa do alcoolismo segundo Carol Sonenreich é o próprio álcool.
Há pesquisas de prédisposição genética; Sabe-se que norte-americanos nativos, esquimós, e alguns grupos hispânicos tem altas taxas de dependência.
A escola psicanalítica coloca o alcoolismo como uma doença neurótica ora de caráter histérico ora de caráter compulsivo. É descrito o mecanismo de defesa de negação de doença.
Os sinais e sintomas do alcoolismo:
1. Fissura: vontade incontrolável pelo álcool.
2. Abuso: uso nocivo que ativa no rendimento global do individuo.
3. Tolerância: o bebedor precisa, com o tempo, de maiores quantidades para a mesma vivencia ou efeito mental.
4. Dependência: esta subordinado ao álcool, ele não depende da vida e sim do álcool.
A epidemiologia: ocorre duas vezes mais nos homens que nas mulheres.
A prevalência da doença do álcool para abuso ou uso nocivo é de 15% e a prevalência para dependência é de 14%.
O álcool no ocidente é droga licita como o tabaco. O álcool é a substancia que pode alterar todo o organismo levando a encefatolopatia, neuropata, cardiopatia, hepatopatia, diabetes mellitus, enteropatias, correlação com câncer e alterações imunológicas.
Muitos acreditavam que o alcoolismo provinha de uma neurose obsessiva compulsiva ou neurose histérica pelo mecanismo de defesa de negação, mas com a pesquisa do doutor Carol Sonenreich apontam alterações de percepção; O alcoólico altera a percepção do mundo, do tempo, do espaço, de si mesmo e do outro. A causa desta alteração de percepção é o próprio álcool.
Tratamento: A terapêutica biológica, psicológica e social envolve principalmente o distanciamento do individuo do álcool.
O alcoolismo por tanto é uma doença mental crônica.
Os países subdesenvolvidos devem se dobrar ao conceito de doença de alcoolismo e retirar do léxico o termo "vício de álcool".
Envolve realmente a saúde publica e o alcool  é um droga.
Texto de Dr. Victor Eugênio Arfinengo.

Sobre o Autor

Dr. Victor Eugênio Arfinengo, Muçulmano a mais de 9 anos, Médico Psiquiatra, Pós-graduado em Neurologia, Membro da Sociedade de Psicologia Profunda Victor Frankl, Colaborador da Revista Temas (Psiquiatria na América Latina), Professor de psiquiatria na Faculdade de Medicina da Universidade de Taubaté e no Hospital Universitário, Professor de psiquiatria legal no Complexo Penitenciário do Vale do Paraíba, Diretor de Saúde do Centro de Detenção de Taubaté, Psiquiatra na Clínica do CLAP e Professor do CLAP desde 1990.

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