quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Maioria dos brasileiros aprova internação compulsória de viciados em crack / FILTRO-REVISTA ÉPOCA

1:03, 25/01/2012 

Uma pesquisa feita pelo Datafolha e publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, nesta quarta-feira (25), mostra que a maioria dos brasileiros defende a internação compulsória de viciados em crack. Segundo a pesquisa, 90% dos brasileiros aprovam a internação dos viciados, mesmo que eles não queiram. Para os entrevistados, até os adultos devem ser internados compulsoriamente. A pesquisa foi feita com 2.575 pessoas em 159 cidades.
A concordância é praticamente a mesma entre homens e mulheres e em todas as baixas etárias. Cai um pouco entre os moradores do Sul (86%), os que têm ensino superior (84%) ou renda acima de dez mínimos (79%).”
Uma matéria publicada por ÉPOCA em agosto do ano passado questiona a eficácia desse tipo de intervenção dada a forma como são feitas as internações. Em um vídeo, usuários de crack contam que este tipo de abordagem não resolve o problema porque, como não querem parar de usar a droga, eles acabam voltando para a rua e usando o crack novamente.
O tema é polêmico entre profissionais da saúde. Para os psicólogos, a internação deve ser voluntária,ou seja, quando o usuário quer sair do vício, ele mesmo procura ajuda. Para os psiquiatras, a internação deve ser involuntária, assim como é é prevista na lei 10.216, de 2001, que trata de doentes mentais. A internação involuntária prevê a internação compulsória em casos extremos, em que o usuário perde a capacidade de escolha por estar numa fase aguda do vício. Nestes casos, é necessário a recomendação de um médico e que seja comunicado o Ministério Público em até 72 horas, para que se evitem abusos.
Durante a operação para a retirada dos usuários da região da cracolândia feita em uma ação coordenada entre e a prefeitura da cidade e as cúpulas da Segurança Pública, Assistência Social e Saúde, no início de janeiro, o ministro da Saúde Alexandre Padilha disse ser a favor da internação involuntária.
Keila Cândido

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