Por Gustavo Belic Cherubine
Somente pela história da medalha de ouro jogada no Rio, merece todas as comemorações do mundo.
Imagine: você ganha a medalha de ouro para seu país, sai para tomar uma cerveja e o dono do bar a nega para você somente pelo fato de que você é negro!
Muitos anos de vida para esse cara. o Muhammad Ali.
E colocá-lo na letra poética de uma poesia como é "Índio", do Caetano Veloso, é uma homenagem maravilhosa.
Abraço geral, Gustavo Cherubine.
De O Estado de S. Paulo
Muhammad Ali, 70
Terça-feira o mundo do boxe celebra os 70 anos do esportista mais influente de todos os tempos.
15 de janeiro de 2012 | 3h 05
Wilson Baldini Jr. - O Estado de S.Paulo
Wilson Baldini Jr. - O Estado de S.Paulo
SÃO PAULO - Terça-feira o mundo do boxe celebra os 70 anos do esportista mais influente de todos os tempos. Confira o que aconteceu em cada uma das décadas da vida deste mito.
10. Cassius Marcellus Clay Jr. nasceu em Lousville, Kentucky. Em outubro de 1954, aos 12 anos, teve sua bicicleta roubada no estacionamento do Columbia Auditório. Encontrou o policial Joe Martin, que o aconselhou a ir treinar boxe antes de tentar reaver sua bicicleta na violência. Logo depois, Clay estreou no amadorismo com uma vitória por pontos, após três minutos, diante de Ronnie O'Keefe. A primeira bolsa do futuro campeão mundial dos pesos pesados foi de apenas US$ 4,00.
p>20. Logo após se sagrar campeão olímpico em 1960, Cassius Clay começa a carreira profissional. Com 19 lutas e 22 anos, chega como zebra na proporção de 7 por 1 para enfrentar Sonny Liston. Vence e assombra o mundo. "Sou o maior", gritou após vencer por nocaute no sétimo assalto, em Miami. Anunciou ter se convertido ao islamismo e adotado o nome de Muhammad Ali. Em 1967, se recusa a integrar o exército norte-americano na Guerra do Vietnã e perde o título. Volta ao boxe em 1970.30. Em 1971, Ali perdeu a invencibilidade para Joe Frazier. Precisou esperar três anos para recuperar o cinturão. Venceu Ken Norton, George Chuvalo, Floyd Patterson e a revanche contra Joe Frazier. Voltou a ser campeão, aos 32 anos, após bater George Foreman. Ficou sem o cinturão em 1978, quando perdeu para Leon Spinks. Venceu a revanche sete meses depois. Em 1979, anunciou a aposentadoria, mas voltou em 1980 para perder para Larry Holmes e no ano seguinte para Trevor Berbick. Pendura as luvas aos 39 anos.
40. Em 1984, aos 42 anos, revela que sofre do mal de Parkinson. Não se entrega à doença e usa de sua fama para ajudar na busca de dinheiro para as pesquisas da cura. Passa a viajar mais de 250 dias do ano em cerimônias beneficentes e também patrocinadas por marcas mundiais que se afiliam ao seu nome. Torna-se uma figura política importante e é recebido sempre por chefes de Estado. Em 1990, conseguiu que o ditador Saddam Hussein liberasse 14 prisioneiros americanos que estavam em Bagdá.
50. Seus feitos dentro e fora do ringue são reconhecidos mundialmente. A revista Sports Illustrated o elege "O Esportista do Século". A BBC o considera a "Personalidade do Século". O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, o nomeia "Mensageiro da Paz". Em 1996, aos 54 anos, tem o direito de acender a tocha olímpica dos Jogos de Atlanta e recebe a medalha de ouro das mãos do presidente do COI, Juan Antonio Samaranch. Ali jogou a verdadeira no rio de sua cidade, após não ser atendido em um bar por ser negro.
60. Em 2005, Muhammad Ali usou boa parte de sua fortuna de US$ 60 milhões na construção do Muhammad Ali Center, em Louisville, sua cidade natal. Lá, os moradores da cidade têm atividades culturais e educacionais. O local também virou uma atração turística pelo fato de dois andares serem reservados a relembrar os grandes momentos da carreira do eterno campeão. Com a saúde abalada, Ali não dá entrevistas e diminui sua atividade social, comparecendo pouco às lutas por título mundial.
70. Mesmo 30 anos afastado dos ringues, doente e sem poder dar entrevistas, Muhammad Ali mantém a popularidade que o consagrou. Em 2010, foi relançado nos Estados Unidos a edição clássica Superman x Muhammad Ali. Uma história em quadrinhos de grande sucesso no fim da década de 70. A Panini promete colocar o livro à venda no Brasil. Mas o maior sonho de Muhammad Ali é que a cura do mal de Parkinson seja encontrada o mais rápido possível. Seria a sua maior "vitória por nocaute".
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